Cerca de trinta pessoas e vinte representações – entre cineclubes, ações, projetos e entidades – participaram dos VI Diálogos Cineclubistas, esta manhã, em Santarém, Pará.
Evento comunitário do Fórum Amazônico de Software Livre - FASOL, os diálogos permitiram aos seus participantes uma melhor compreensão da importância do cineclube para a transformação da sociedade
Sob a coordenação de Adriane Gama (CASA BRASIL / PURAQUÉ / TELECENTROS.BR), Arthur Leandro (CNCN/APARELHO/UFPA/NANGETU) e Francisco Weyl (PARACINE / AMAZONAS DOURO / RESISTÊNCIA MARAJOARA), a roda de conversa tematizou as convergências entre princípios e práticas do cineclubismo e do software livre.
De acordo com Adriane Gama, o cineclube estimula a solidariedade e respeita a diversidade, do mesmo modo o software livre, razão pela qual são diversos os fatores em comum entre estas duas culturas, sendo, entretanto, a produção partilhada de conhecimentos a mais importante delas.
Encaminhamentos – Os VI Diálogos Cineclubistas definiram pela realização de uma série de ações já no mês de outubro. Entre estas, uma OFICINA DE FORMAÇÃO (sob a responsabilidade Francisco Weyl), sessões itinerantes (sob a responsabilidade de Adriane Gama) – com o uso de uma apostila com tópicos básicos (a ser elaborada por FW e Arthur Leandro).
No inventário presencial, foram listados os seguintes cineclubes, entidades e projetos: CINECLUBE PRIMEIRA ESTAÇÃO DA CASA BRASIL; CINE PURAQUÉ; CINE MOCORONGO – PSA; CINE CONQUISTA; CINE AMPARO; CINE ESPERANÇA (Santarém); CINECLUBE EPITACIOLÂNCIA; CINECLUBE RUI LINO (Acre); os projetos CAPS (Acre); BELTERRA – Pará; CINE SURUACARÁ – Movido à energia solar (Santarém/Pará); CINECLUBE COMUNITÁRIO DA JADERLÂNDIA (Santarém/Pará); e MAGUARI (Santarém/Pará); os cineclubes de Belém AMAZONAS DOURO; CINECLUBE NANGETU e REDE APARELHO; e as entidades gerais CNC; PARACINE; RESISTÊNCIA MARAJOARA; e CINEMA DE RUA.
Destaques – Destaques desta VI versão dois diálogos fica para a participação do cineasta Bob Barbosa, do projeto Saúde Alegria, que faz filmes com as comunidades ribeirinhas tapajônicas. Bob falou de sua trajetória e partilhou seus conhecimentos e experiências com os participantes dos diálogos, a maioria dos quais monitores do Telecentros.BR, que vieram a Santarém para o FASOL.
Alguns dos monitores chegaram a revelar que já desenvolveram ações e outros se mostraram entusiasmados com a possibilidade de virem a praticar cineclubes, de que são exemplos Márcio Valente e Maviane Andrade (Acre).
Maviane Andrade, de Epitaciolândia, Acre, que, aliás, participou da Oficina de Cineclubismo, realizada dia 31 de agosto, disse que, apesar de ser nova no meio, não quer perder nenhuma ação, ao contrário, pretende aprender o máximo possível para melhor atuar no seu Telecentro.
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Avaliação – O coordenador da PARACINE, Francisco Weyl, nas suas considerações finais,k agradeceu a galera presente e disse que sentia bastante emocionado não apenas pela realização dos diálogos pela primeira vez em Santarém, mas também porque os diálogos são formas construtoras da História.
“Como pequenos grãos a formar uma duna com as lufadas do vento por sobre a areia, aos poucos e de forma universalmente inconsciente, nós estamos construindo a história, porque o cineclube é assim, uma missão poética anônima, missionária e reveladora da força humana”, concluiu.
© ATIVADORES AMAZÔNIDAS
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