segunda-feira, 11 de julho de 2011

GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros promove rodas de conversas para fortalecer cineclubes em terreiros.

Publicado originalmente no blog do Instituto Nangetu.
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Roda de conversa - Fortalecimento de cineclubes em terreiros.

Por iniciativa da Associação Cultural Afro-brasileira de Oxaguiã – ACAOÃ, aconteceu uma roda de conversa com Arthur Leandro (Táta Kinamboji), que é o coordenador do projeto azuelar e diretor regional norte do CNC – Conselho Nancional de Cineclubes, além de coordenar o Grupo de Trabalho de Cineclubes em Comunidades Tradicionais de Terreiros da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes.
O encontro teve como proposta a troca de experiências cineclubistas e formulação de estratégias de fortalecimento de cineclubes em terreiros. Cada um dos participantes da roda expôs a forma como vem trabalhando as ações cineclubistas como tecnologia social, avaliando os impactos da atividade para a comunidade de terreiro. Babá Tayando explicou que o Cineclube da ACAOÃ já funciona há algum tempo e que começou com o apoio e incentivo de Luiz Arnaldo e Célia Maracajá, mas que oscilava em períodos de maior atividade e grande freqüência de público com períodos de inércia nas atividades, e colocou essa questão em pauta, como tornar a atividade perene.
Arthur falou da experiência do Cineclube Nangetu, disse que já viveu situações parecidas no Mansu Nangetu e que lá as primeiras exibições foram experimentais e não tinham a perspectiva de se tornar uma atividade regular do terreiro, mas que uma seqüência de acasos aliada ao interesse da comunidade em assistir e discutir filmes coletivamente tinham feito a proposta ganhar força e até se tornar referência para outras comunidades.
Continuou dizendo que nos registros de exibições é possível verificar que a comunidade do Terreiro de Oxaguiã demonstra interesse e freqüenta a exibição dos filmes no cineclube, aliás ressaltou que a ACAOÃ é a comunidade de terreiro com maior envolvimento com o audiovisual, e deu como exemplo o DOCTV de Luiz Arnaldo, cujo o argumento vem dessa comunidade que também teve grande participação no elenco do filme. E que acredita que é preciso formar uma equipe que torne as exibições mais regulares e dê visibilidade social para a atividade. Para isso sugeriu formar uma coordenação técnica e um conselho editorial, pois disse que é importante atribuir funções e responsabilidades para as pessoas envolvidas e, é óbvio, atribuir-lhes os créditos da atividade. Também sugeriu articular os filmes e o conselho editorial com as diversas coordenações setoriais da ACAOÃ, pois é possível utilizar o cinema como fomento para as discussões das questões da setorial LGBTT, setorial de mulheres, setorial de juventude e de outros grupos de trabalhos existentes naquela comunidade de terreiro.
Arthur também coloocou a equipe do Projeto Azuelar e o acervo do Cincelube Nangetu à disposição de iniciativas cineclubistas em terreiros, e discutiu a possibilidade de formar parcerias com outros cineclubes, dizendo que a atuação em rede tende a criar referências multiplas para a equipe do cineclube e enriquece a proposta. Ao fim, Arthur Leandro disse que fortalecer a rede de cineclubes em terreiros está nas diretrizes do CNC e da PARACINE,  e que acredita que um outro passo importante para o Cineclube das ACAOÃ é também passar a tomar parte nas mobilizações e ações dessas entidades cineclubistas.












Rodas de conversa para fortalecer a comunicação social comunitária em terreiros.

Mãe Nalva recebeu Táta Kinamboji em uma agradável roda de conversa no quintal.

Mãe Nalva explicou como funciona o cineclube na sua comunidade.


Arthur Leandro (Táta Kinamboji), que é o coordenador do projeto azuelar e diretor regional norte do CNC – Conselho Nancional de Cineclubes, além de coordenar o Grupo de Trabalho de Cineclubes em Comunidades Tradicionais de Terreiros da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes está cumprindo extensa agenda de rodas de conversas em comunidades de terreiros, a proposta é fortalecer principalmente as atividades cineclubistas em comunidades tradicionais de terreiros, mas também incentivar a criação de mídias comuniárias e a circulação virtual de informações dos terreiros.
As mais recentes rodas de conversa aconteceram na ACIYOMI, comunidade liderada por Mãe Nalva d'Oxum, que vem fazendo sessões que atendem as crianças do entorno do seu terreiro no bairro da Terra Firme, e na ACAOÃ, comunidade liderada por Babá Tayando, onde aconteceu uma 'roda de fazer junto' de orientações para a manutenção e alimentação de informações no blog daquela comunidade.
As rodas de conversa e as rodas de fazer junto não são cursos formais, são trocas de experiências em conversas e atividades conjuntas amistosas onde é possível compartilhar os saberes e as formas diferenciadas de promover a cidadania, a saúde e as culturas dos terreiros.


A secretaria estadual de comunicação da ACAOÃ e o coordenador do Projeto Azuelar trocaram experiências em comunicação.




Desses encontros ficou alinhavada uma agenda de parcerias para sessões nos cineclubes das três comunidades, além da declaração de parcerias para o fortalecimento dos projetos de comunicação social comunitária.

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